RESENHA: O Barril de Amontillado - Edgar Allan Poe

(Arte de Harry Clarke)

      Publicado pela primeira vez em 1846, "O Barril de Amontillado" vai tratar de um caso de vingança. Montresor pertence a uma família de passado rico e glorioso, mas que decaiu e hoje não é nem sombra do que já foi um dia. Fortunato, por outro lado, viu seu "império" prosperar e se tornou um homem rico e respeitado na alta sociedade, onde desfruta dos maiores prazeres da vida como se não houvesse amanhã. Cansado de se sentir humilhado, Montresor decide se vingar daquele que vê como rival e elabora um plano ardiloso. Apesar de tratar de um crime, esse não é um conto policial. Aqui, mais uma vez, Poe toma o caminho do psicológico humano. A humilhação da qual Montresor se vê vítima tem origem mais em si mesmo do que em Fortunato. A vida bem sucedida do "amigo" acaba por incomodá-lo e Montresor passa a culpar Fortunato por sua decadência.

      Existem muitas teorias acerca da inspiração de Poe para escrever esse conto, muitas delas envolvendo acontecimentos reais. Acredita-se que "O Barril de Amontillado" seja, na verdade, uma resposta de Poe a um de seus maiores rivais, Thomas Dunn English, que por sua vez havia parodiado a obra de Poe em um de seus trabalhos publicado naquele mesmo ano. Independente de qual seja sua origem, a obra se tornou uma das mais famosas e adaptadas de Edgar Allan Poe. E com esse clássico encerramos a nossa leitura coletiva "13 Contos de Edgar Allan Poe", em breve nos encontramos para uma segunda edição.

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