RESENHA: Dylan Dog #1 - Horror Paradise

          Que "Dylan Dog" presta uma grande homenagem ao cinema, isso não é nenhuma novidade. Mas, em "Horror Paradise" a coisa é levada além. Na trama, roteiristas de cinema estão sendo assassinados sob condições estranhas: um deles parece ter sido fatiado por Freddy Krueger, outro parece ter sido enforcado pelo monstro de Frankenstein, e por aí vai... Pra completar, estranhas fitas VHS começam a surgir, trazendo filmes de terror inéditos assinados por um diretor morto há mais de dez anos. Dylan Dog está reticente em ajudar, mas acaba não resistindo aos encantos da bela Vanessa e pega o caso. Mas para desvendar esse mistério o investigador de pesadelo terá que lidar com bem mais do que parece ser um simples serial killer: ele terá que enfrentar os seus maiores medos.


          Publicado originalmente na Itália em 1990, o fumetti conta com um trio de roteiristas de primeira linha, composto por Michele Medda, Antonio Serra e Bepi Vigna. Os desenhos ficam a cargo de Claudio Castellini, que apresenta uma arte que conversa muito bem com o contexto cinematográfico. A obra faz diversas homenagens ao cinema, trazendo uma galeria de personagens saída direto de clássicos cult, como o já citado "Freddy Krueger", "Alien", "Hellraiser", "O Monstro da Lagoa Negra", entre outros. Tudo isso faz da leitura um verdadeiro deleite para os fãs da sétima arte, em especial os apreciadores do terror splatter.

          Em contrapartida, foi um volume em que eu senti falta daquela pegada mais existencial que vemos de pano de fundo nas histórias do personagem. Em certo momento, até surge um questionamento sobre o medo em nossas vidas, mas isso é algo que não é aprofundado. Acho que foi um roteiro pensado mais em homenagear mesmo e faz isso muito bem, entregando uma leitura rápida, descomplicada e que cumpre o seu papel em uma noite solitária.






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