Já está virando um rito ler "Ken Parker" nas manhãs de domingo por aqui. O personagem, junto à uma farta caneca de café, tem se mostrado uma boa companhia e a série segue agradando neste segundo volume, onde temos as histórias "Os cavalheiros" e "Homicídio em Washington". Na primeira, remanescentes da Guerra de Secessão planejam um atentado contra o trem em que viaja um renomado general. Nessa mesma locomotiva está Ken Parker, que se descobrirá em meio a uma trama política com bandidos idealistas. É uma aventura repleta de ação e reviravoltas, com muita troca de tiro e traições.
Já "Homicídio em Washington" trata-se de uma trama muito mais complexa e dramática. Aqui, Parker vai a Washington em busca de ajuda para dar um basta na exploração das terras indígenas, onde empresas mineradoras estão provocando um verdadeiro massacre dos povos originários. Com o auxílio de um recém-nomeado comissário para assuntos indígenas, Parker vai ao Parlamento e aqui entra em cena toda a sujeira do meio político, que se mostra não só indiferente ao assunto, mas à favor das mineradoras. Parker e seu parceiro então se veem vítimas de um complô que envolve assassinatos, injustiças e manobras políticas. Uma trama atualíssima, que carrega uma importante mensagem e traz uma alta carga de dramaticidade.
Sem dúvida, essa segunda história é a minha favorita da série até o momento. Não só pela importância do tema, mas também pela exímia habilidade com que Berardi traz o personagem para um contexto incomum, onde sua principal arma, o rifle, se mostra ineficaz na resolução do caso. Aqui, a batalha se desenrola em um campo político, talvez ainda mais traiçoeiro que qualquer cenário de bang-bang, e Parker terá que utilizar de outras armas, como o forte discurso que ele faz na icônica cena de sua ida ao Parlamento. O personagem segue me cativando e a série vai me ganhando a cada volume. Mal posso esperar pelo próximo domingo para dar sequência na leitura!
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